sábado, 19 de julho de 2008

De novo a história de O.....

Não agüento mais... simplesmente não consigo... me recuso a ouvir mais uma vez gente citando a historia de O como se fosse uma das grandes obras da literatura e ficar quieta.

Tudo bem que tem seu valor histórico, para o publico restrito dos romances eróticos sadomasoquistas... Mas será que fui só eu que achou que a mensagem geral da historia não fala lá muito bem do SM?

Se vc ainda vai ler, abandone esse post.... pois me sinto compelida a falar um pouquinho dos dois finais...

Pois bem.... se vc já leu, sabe muito bem que toda a trajetória da personagem O termina numa dessas duas situações: o abandono ou o suicídio.

Os dois dominadores que a tiveram, o namorado e Sir Stephen, a abandonam no final. A personagem segue, cada vez mais se despindo de seu ego até que em um dos capítulos, aparece mascarada, entregue a quem quer que a queira, despida de qualquer traço de personalidade ou de qualquer restrição, ou sintoma de vontade e desejo próprios. Tornou-se por fim, a submissa mais submissa de todas as submissas. É comparada a um animal (isso não sou eu que faço, é a autora). Um casal na festa, discute em sua presença se fariam ou não uso dela, e ela, muda, aguarda a decisão, em sua fantasia de coruja. Porque rosto, já não tem. Gente, já não é. Perde qualquer conexão com sua própria humanidade. Os dominadores mais durões dirão: Louvável!!! Mas se é tão louvável assim, porque ao chegar ao auge da submissão ela é abandonada à própria sorte?

Talvez eu tenha entendido errado, mas me parece que o titulo poderia muito bem ter sido “Ascensão e Queda de O” ou “O em Decadência”. O segundo final que o livro propõe ainda me da mais argumentos para teorizar assim. "O", após ser abandonada teria se suicidado, com o consentimento de Sir Stephen. Bela dominação. Aplaudam a Pauline! Digam, subs de plantão que adorariam estar nas mãos de um homem assim! Eu, vou continuar dizendo que gosto sim, da obra, mas que para mim ela não exalta as relações D/s, e sim, propõe a seguinte questão, que alguns leitores parecem não perceber:

Será que uma entrega que desumanize o ser entregue é desejável? Será que no momento em que uma submissa torna-se DE FATO objeto, destituído de vontades e desejos próprios, ela não se torna ao mesmo tempo um ser dispensável? Será que os dominadores querem de fato governar alguém sem paixões próprias? Ou será que mesmo aqueles que desejam alguém que os obedeça, esperam algum desafio, alguma restrição, algum foco de incêndio passional que mostre que aquela com quem estão também sente, quer, tem princípios independentes?:

Vi tanta coisa acontecer nesses 4 anos em que tenho tido a chance de ver e viver o BDSM. Vi tanto absurdo feito em nome da dominação... E aqui, me abro com quem teve a paciência de me ler até agora, para um relato pessoal. Quem anda comigo já ouviu essa historia certamente. Eu a repito a todos com quem tenho amizade, pois isso é algo pelo que nunca mais quero passar na minha vida.

Eu tive uma amiga. Dessas amigas que agente ama, ouve, chora no colo. Em geral, sou reservada, pouco falo de mim. Ela me ganhou, quebrou minhas barreiras e eu era extremamente grata por te-la em minha vida.
Ela tinha um Dono.
O Dono se indispôs comigo por eu ser próxima a alguém que ele acreditava ter feito mal a ele.
O Dono a proibiu de ter qualquer contato que fosse comigo.
Ela me ligou. Contou o que ele tinha dito
Eu ri. Era um absurdo. Esperei que ela risse também.
Mas ela chorava.
Demorei pra entender porque ela chorava. Eu devia estar em “negação”
Ela me disse que me adorava, mas que deletaria meu nome de suas listas de amigos e não mais me ligaria.

Desliguei o telefone. Naquele me momento eu também me desligava de vários conceitos que antes tinha sobre dominação e submissão. Eu me refiz em bases mais solidas. Eu nunca mais fui a mesma.

O Dono de minha amiga já é ex dono. Eu e ele conversamos sobre nossos problemas e refizemos nossa amizade. Ela eu vejo muito esporadicamente, no meu MSN onde a aceitei de volta. “Oi, tudo bem?” “Tudo, e vc?” “Tudo ótimo”. A isso se resumiu minha amizade com minha confidente dos velhos tempos. O mundo dá voltas. Sinto saudades. Talvez um dia venhamos a retomar um contato maior. Talvez...

Mas aqui... aqui termina a inocência. Aqui eu velo a "O" em mim. Aqui eu renego amizade com as "Os" da vida. Aqui eu digo, quero gente de verdade. E tenho amizade com submissas, sim... porque não? Eu ainda acredito que existem submissas com princípios que não se vende, não se dá e não se entrega!




Ah, quase esqueci... alguem reparou que a letra "O" tem a mesma forma do numero zero?

;)

10 comentários:

Anônimo disse...

Oi minha querida,

Confesso que esse texto me impressionou.

Eu tenho o livro e já o li, mas nunca tinha olhado a história por essa perspectiva, mas ao ler teu post, reconheço que, de fato, o livro não exalta o SM, a submissão e a dominação.

"O" realmente se apaga, se anula, perde sua própria identidade, ao ponto de, em um dos finais, optar por se matar.

Com certeza não quero pra mim uma "submissa campainha", daquelas que dizem "sim" e "amém" à tudo, sem contestar, sem pensar ou analisar a ordem que foi dada.

Cada um, seja Dominador ou submissa, precisa, acima de tudo, ter amor próprio e personalidade. Não vejo com bons olhos alguém que simplesmente se anula dessa forma.

É interessante como vemos isso acontecendo muito frequentemente em nosso meio. Assim como você, vi e ouvi vários absurdos em nome do SM e também acompanhei de perto o teu "caso pessoal" e sei muito bem que isso é algo muito frequente no meio, infelizmente.

Me lembro também de uma ocasião onde uma sub deixou de cumprimentar a amiga porque o "Dono" queria fazer uma média. A expressão da amiga foi algo que me marcou muito. Fícou nítido o olhar de surpresa, decepção e abandono da amiga.

As submissas se esquecem que Donos vão e vem, que relacionamentos não são eternos, que antes do Dominador, antes da submissa, existe o ser humano, existe uma pessoa com vida social e, claro, existe amizade.

Me pergunto que direito um Dominador tem de decidir quais as amizades que são boas ou más para a sua sub, afinal, aquilo que é bom pra ele, pode não ser bom pra ela e vice-versa.

Creio que as pessoas deveriam pensar mais sobre isso, analisar até onde é saudável esse tipo de interferência, pois uma vez que o cristal de quebre, jamais será o mesmo.

Parabéns pelo texto. Sem sombra de dúvida essa "carapuça" irá servir para muita gente.

Beijos pequeninha
Pépe

Sarinha disse...

Querida Tavi...

Incrível como cada texto seu vem revestido de uma mensagem muito forte. Esse, talvez, tenha sido um dos que mais prendeu minha atenção, por isso tive que pensar para comentar.

Como você bem sabe, não sou submissa. E entender essa obediência cega é algo que nunca fui capaz.

Hoje, após um ano aprendendo diariamente, vi que consigo entender o fato de se seguir o que o Dono manda. Mas, ainda não entendo as que seguem QUALQUER coisa que seu Donos mandam.

O BDSM para mim é um estilo de vida, em que duas pessoas adultas e bem resolvidas decidem seguir aquilo que lhes dá prazer. Mas, não é bem assim que a banda toca.

Enfim, hoje descobri que minha incapacidade de entender tais mulheres não é pelo fato de eu ser spankee, mas sim por eu ter uma personalidade muito forte e bem definida.

A anulação para mim não tem sentido, nexo ou lógica. Entendo a alma submissa, a alma escrava, as que anseiam por disciplina e lapidação... Mas a alma que se anula? Não.

Infelizmente, eu passei por esse tipo de situação que vc passou, por alguns dominadores me considerarem má influência. Quem perdeu? Bom, não fui eu.

Hoje meus braços não estão mais abertos a novos amigos, só aos que eu percebo que possuem uma personalidade marcante e bem definida, só os que eu vejo que valem a pena.

Acho que todos fazem suas escolhas... O Dono pode exigir o que quiser, cabe à submissa adotar o que é válido para si.

Um beijo.

Sarinha

Sarinha disse...

Comentário 2.

O livro é mto bom, eu realmente o recomendo. Há muito pouco para ler sobre o assunto, que seja escrito com qualidade. Vou aproveitar e fazer um parenteses aqui e recomendar aos iniciantes o livro: falsa submissão.

Pois bem, tanto um quanto o outro terminam de maneira trágica e não retratam o BDSM da forma como deveriam (principalmente o "falso submissão").

Porém, por todas as pertinentes dúvidas que vc levantou, acho válido o livro. Nos conta uma história, algo que PODE ocorrer e que não TEM que ocorrer.

Enfim... Para nós serve não como exemplo de como ser uma submissa, mas dos perigos que circundam a anulação.

Beijos

Sarinha

Talender Hills é a Casa de Master Christian Sword of GOR disse...

Pessoalmente não acredito na submissa que se anula na submissão. Acredito sim que existem dois tipos distintos de mulheres que optam pela posição de botton em uma relação de “power exchange”.

O primeiro grupo é composto por mulheres bem resolvidas que reconhecem na sua própria natureza a necessidade de estar sob o poder de um Homem que as faça sentir cuidadas e olhadas, disciplinadas e acolhidas. Essas não irão se anular, antes vão florescer sob o domínio de Homens dignos de serem seus Donos.

O segundo grupo é o das mulheres que buscam a submissão como forma de ocultar sua própria incapacidade de lidar com a vida e suas idiossincrasias, essas irão se anular seja no BDSM, no casamento, ou em um emprego público. Neste sentido existem “O's” em todos os ambientes e quando elas se anulam estão fazendo o que lhes é próprio e se acontece de ser em um relacionamento D/s usar o BDSM como desculpa é somente a desculpa da vez.

sambok229155 disse...

Bem, eu também não gosto da história de O pelos mesmissimos motivos...
Mas se me entrego a um homem, minha vida, desejos e vontades, é porque espero dele discernimento, bom senso, pra saber o que me é caro e respeitar isso.
Dono ja proibiu contato com N pessoas que O desrepeitaram. Eram meus amigos, mas Ele esta certo. Se um outro Dominador ou mesmo submissa nao respeita a autoridade dele sobre mim (e só sobre mim), então eu não tenho porque continuar mantendo contato.
São escolhas. E eu ja fiz a minha, me entreguei.
Acho injusto quando voce cita que as submissas que obedecem aos Donos são dessas 'sem personalidade' (como no seu poema que trata do assunto, publicado na Acesso Restrito)
Despojar-se de si mesma é um dos atos mais dificeis na submissão. Como na história da Bela Adormecida, em que aprendemos que a resignação doi mais que o chicote.

tavi disse...

Pamina, só uma explicaçao que se faz necessaria.

Eu não disse que "as submissas que obedecem aos Donos" sao sem personalidade. Nao faria sentido, se nao obedecem, nao sao submissas.

Na verdade o que citei tanto no poema quanto nesse texto, foram casos (um real e um ficticio) em que uma submissa vira as costas para uma amizade em nome de uma entrega a alguem justamente sem o bom senso e sem o discernimento que vc citou. Alguem que nao respeite o que é caro para quem a ele se entrega.

É como disse para um Dominador amigo meu outro dia... uma proibiçao desse tipo faz sentido sim, se existem motivos, argumentos sólidos que a justifiquem.

Vc diz em seu comentário "se me entrego a um homem, minha vida, desejos e vontades, é porque espero dele discernimento, bom senso, pra saber o que me é caro e respeitar isso." Eu penso que se existe esse cuidado, tanto da sub, de saber a quem se entregar, quanto do dominador, de respeitar o que é caro à sua submissa, proibiçoes arbitrarias, que sem motivo justo destruam amizades, dificilmente ocorrerao.

É um assunto extremamente complexo, e que tem as suas contradiçoes... Qual o peso para cada uma de nós, das amizades que contruimos na vida? Qual o peso, para cada uma de nós, de uma coleira e da nossa propria submissao? O que devem fazer, aquelas de nós que buscam uma entrega forte, quando o que é ordenado vai contra seus principios? Uma submissa pode ter principios proprios, ou deve seguir os principios do Dono?

Seja qual for a resposta que cada uma das pessoas daria para essas perguntas, eu escolhi ter uma atitude, que confesso achar radical. Quando uma submissa cruza em mim a barreira do coleguismo, e passa a tornar-se uma amiga, eu faço a ela uma pergunta:

-Se o seu Dono de repente te ordenar que você se afaste de mim, SEM MOTIVO, OU POR RAZOES COM AS QUAIS VC NAO CONCORDE, o que vc faria?

Dependendo da resposta, eu abraço a amizade, ou opto por manter uma certa distancia emocional. É um ponto de vista de quem já se machucou. Já tive outros pontos de vista. Já fui mais aberta. Hj realmente prefiro assim.

Mas eu nao aconselharia a uma sub que desobedecesse seu Dono. Eu as aconselharia a escolher muito bem a quem se entegar.

sambok229155 disse...

‘O que devem fazer, aquelas de nós que buscam uma entrega forte, quando o que é ordenado vai contra seus principios? Uma submissa pode ter principios proprios, ou deve seguir os principios do Dono?’

Eu acho que deve existir confiança no discernimento do Dono. Um Dominador real não dá ordens arbitrárias e sem sentido apenas pra mostrar que tem esse poder. Como você, também acho que aí vale o bom senso tanto da submissa em saber a quem se entregar, e do Dominador, em saber o que irá fazer e os motivos justos disso. (e acho também que um bom Dominante conhece a fundo quem domina, ouve sua submissa e sabe bem o que as move...)

Mas uma vez que ela se entrega, então tem de existir confiança total. Ou não é entrega, ou não é posse. E ela errou na escolha. (o que acontece muitas vezes!)
Uma vez a entrega consumada ou ela simplesmente confia nos princípios do Dom e que Ele sabe o que é bom pra ela, ou entrega a coleira...

Anônimo disse...

Fazia tempo que eu não lia um texto tão instigante, tão reflexivo quanto esse seu e além, uma discussão decente que vá além do "que lindo!" e que questione realmente as posturas adotadas no sentido de abrir os olhos e/ou aprimorar aquilo que nos gere.
Muito bom tavi.

Anônimo disse...

Bem, eu voltei pra dar a minha opinião.

Acho história de O um livro interessante, como acho muitos outros livros com histórias sadomasoquistas interessantes. Obviamente nenhum deles entraria na minha lista de melhores livros, ou os livros mais bem escritos ou bem articulados que já li.

Contudo, valem pela fantasia e valem pela nossa reflexão sobre esta fantasia, visto que muitas vezes, alguns de nós trazemos para nosso estilo de vida, nuances dessa fantasia.

O teu texto, como já escrevi no post anterior, está muito bem escrito, articulado. Você tem essa habilidade de lidar com as palavras que me encanta. Gosto de ler pessoas inteligentes.

Mas eu não concordo com sua visão, ou sua análise, do ato de se submeter em O, quando transpõe isso da fantasia literária, da ficção para a vida cotidiana, a realidade de uma mulher submissa.

Acho ingênuo criticar a realidade com base na ficção. Por isso não vou me ater a esse ponto e irei mais adiante, em seu exemplo pessoal, porque este não foi ficção.

Quando li seu texto pensei: “que pena, nunca poderei ser amiga da tavi” :(

Eu sou do tipo de moça que acredita em entregas totais, que acredita em submissão life estyle e que acredita que o Dominador manda e a submissa obedece, dentro sempre dos limites daquilo que costumamos chamar de bom senso, acordado mutuamente entre o casal antes de fechar coleira.

Acredito também que sou responsável pelas minhas escolhas dentro desse Domínio, desta feita, não me vitimizo, ao contrário, eu me responsabilizo.

Se um Dono me proíbe de falar com quer que seja (como já me aconteceu) eu acato. Pode ser sim minha melhor amiga submissa... óbvio que vou conversar, argumentar, pedir, implorar, mas se ao final de tudo a resposta Dele continuar a ser não, eu tenho duas escolhas: ou entrego coleira, ou acato. Se o Domínio é bom, porque desacatá-lo? E o que eu esperaria de uma amiga tão submissa quanto eu, é que ela por ser submissa, me compreendesse.
Ela se magoaria comigo? Sim, afinal é humana. Mas temos em comum algo que poucas mulheres possuem em comum, o desejo real e verdadeiro de se submeter ou de ser submetida a um Domínio. Sempre que aconteceu de eu ser proibida de manter contatos sejam com submissas ou Dominadores, estes souberam compreender a minha escolha em obedecer.

A impressão que meu deu – que admito pode sim estar errada, visto que é impressão, interpretação de leitura de um post – é que você diz que a submissa deve obedecer se a ordem for boa de obedecer.
Imagino que para essa moça que teve de viver a infeliz situação de escolher entre obedecer o Dono e parar de falar com você... imagino que para ela deva ter sido como no filme “A Escolha de Sofia”. Imagino o quanto ela deve ter sofrido ao se curvar a esse Domínio, indo ao encontro daquilo que ela acredita ser verdade pra ela, a submissão dela.

Eu admiro essa moça por isso.
Submissão é difícil demais. Se despojar de si em prol de um Domínio é muito dolorido. Inda mais sabendo como vc mesma disse – que relações acabam – (imagino que ninguém pense nisso qdo está vivendo a relação, caso contrário não a viveria justiça e em verdade).

No meu blog há um texto muito longo da Polly Peachum chamado “Violência no Jardim”, que versa sobre submissão life style e eu acabei de receber um comentário que vai me dar um grande trabalho para responder rss tomo a liberdade de colar aqui o comentário da moça:

“Comentário:
Farei um comentário antes de terminar a leitura do texto apenas para não perder o fio da meada:
Qual o "poder" que um submissa life estyle teria para trocar, uma vez que, segundo a autora, o prazer desta consiste em não ter vontade alguma ?”

Difícil responder isso né? Mas eu vou tentar mais tarde responder pra moça... eu acredito nisso.
Na Cozinha das Meninas (comunidade do orkut) estamos discutindo consenso e a responsabilidade da submissa no consenso. Gostaria muito que as pessoas se colocassem lá. Como se colocam aqui no seu blog, dando a opinião sincera.

Gostei muito das discussões aqui postas, é assim que crescemos, lendo/ouvindo o outro que tem opiniões tão adversas com respeito e cuidado.

Um beijo grande,

rose

Unknown disse...

Olá...

passeando por aqui, encontrei este texto...
confesso que me identifiquei..rs
todo mundo ama citar o livro como grande referencia da submissao...
A mim, não trouxe grandes acrescimos...
Não acredito na submissao onde há a completa anulação...

parabens pelo texto, pela coragem da exposição...

bjs

tavi