quarta-feira, 23 de julho de 2008

Verdadeira


Que é isso que escondes na bolsa sabiamente parda
Quando passo silenciosamente desconfiada
E te vejo, aparentemente serena?
Uma dor? Um vício? Um dilema?

Que traz sob o sorriso vago, melancolicamente treinado
Em teu espelho, confidente único
De tuas verdades que em vão procuro
Um desespero? Um medo? Um absurdo?

Que paixão secreta te move a alma
E te molha os olhos, e te rouba a calma
Que pinta no rosto ao sair de casa?

Ate teu andar é torto e tu és direita
Que medo de não ser aceita
Justifica tamanha ilusão?

Se ser boa e bela é sacrilégio
Travestir-se de sombra é privilegio
E é vantagem, em um mundo cão

Destruíste meu soneto
Criaste em mim o ímpeto
De ultrapassar quartetos e tercetos

E sou poeta, pra mim a métrica
É solução... roubaste-me a razão?

Te vejo tímida, e a tua timidez contrasta
Com tuas vestes libertinas, tua cruz de prata

Te quero inata!
Te tenho incerta...
Te tenho ausente...
Te quero inteira.

Indecentemente... verdadeira!

2 comentários:

Sarinha disse...

Tem habilidade com a poesia tbém... Mais uma surpresa no maravilhoso mundo da Tavi rsrsrs
Gostei.
Parabéns... ^^
Sarinha

Kah disse...

Posso responder com poesia...

Beijos, toques , arrepios
escorrendo de desejo
Uma flor está no cio
Suspirando por meus beijos..


Beijos minha menina..
Te quero inteira..tb

tavi